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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Alegria do sertão


Ao olhar a  terra seca...
Ardendo sem compaixão
Profunda, é minha tristeza
E o choro do coração

Na terra seca e rachada 
Já não há mais melodia 
O violeiro calou-se 
Por lhe faltar alegria 

O verde desapareceu  
E com ele a plantação 
As águas também se foram
Deixando só sequidão 

Olhando aquele braseiro 
impiedoso e constante 
Eu olho pro céu em busca 
de nuvens itinerantes

Não há nuvens no céu
  'Apenas no peito esperança'
O azul  mantém-se firme
Em absoluta  liderança...
                 ***
Eu relembro os dias idos... 
dos verdes, dos matagais, 
das águas regando a terra... 
Saciando os animais

A 'quartinha' com agua fresca 
em cima da mesa ficava 
Eita , água fresquinha!...
gostosa , refrigerada !

A mulher mui satisfeita,
cuidando da criação;
'cantante' enquanto levava
a lenha para o fogão

No café da manhã,  inhame, 
batata doce,  macaxeira...
A mulher sempre animada...
"excelente cozinheira"
                 ***
Eu relembro tudo isso
ao ver tal desolação
Agora nos falta tudo...
Por  pouco, alimentação 

Eu vejo a mulher abatida 
cansada, triste, pensante... 
Buscando sinais de chuva...
olhando pra além dos montes 

Mas quem sabe Deus se apieda 
nos dando o seu livramento 
Sarando e curando a terra 
com doces chuvas de alento 

Virando esse sol tão quente 
pra uma outra direção... 
E volte a água e o verde
e a grama pro nosso chão...

E haja de novo alegria...
Pro povo do meu sertão 

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